Páginas

domingo, 1 de maio de 2011

Os Ignorantes são mais felizes – Uma panorâmica dos Indicadores Macro-Sociais da Educação.

“A educação é a chave do desenvolvimento. A falta de educação gera pobreza e a pobreza gera falta de educação” Wilhelm Hofmeister.(2006).

Embora seja paradoxal, o título nos remete a reflexão interessante sobre o tema da Educação.

Ora, se os ignorantes são mais felizes; porque nos impingem a estudar, e a reconhecer a institucionalização dos mecanismos de controle social?

A mensagem nuclear dos argumentos educacionais, é que a informação, a formação do indivíduo aumenta as possibilidades de alcance dos objetivos hedônicos da vida, já que a busca da felicidade importará em sacrifícios na busca da segurança e da felicidade.

Resta saber, para o que a Educação prepara o homem: para ser dócil e consciente ou agressivo, carnofágico e competitivo?

Para Simon SCHWARTZMAN (2006), não saber ler e escrever é a forma extrema de carência educacional, e a alfabetização de adultos tem ocupado um lugar de grande importância na política educacional do governo de Luis Inácio Lula da Silva.

A afirmação acima é a constatação de uma das formas de ignobilidade social, pois temos a ignobilidade cultural. A falta de consciência da existência de uma memória social causa volubilidade de geração a geração de modo a fazer-se perder no tempo os traços de toda uma civilização.

A internalização de falsas culturas sob a pecha de modernidade causa impactos desmoralizantes nos núcleos sociais sem as devidas raízes etnográficas e conscienciais.

A educação como prática da liberdade, ao contrário daquela que é a prática da dominação, implica a negação do homem abstrato, isolado, solto, desligado do mundo, assim também a negação do mundo como uma realidade ausente dos homens. (FREIRE, 1999.)

A despersonificação social se dá em ambiente domiciliar, o que torna mais difícil a verificação de sua deformação.

LUMIER (2006) sustenta que sem dúvida, o peso do conhecimento na vida social e sua importância para as pessoas sendo maiores nas sociedades modernas e nas nossas sociedades atuais, constituem um aspecto não negligenciável da experiência e da criação coletiva na teoria dos papéis sociais.

A obtusidade social faz o homem atual, imaginar-se superior aos seus antepassados ou ao outro, pertencente a culturas diametrais (ocidente x oriente).
Daí a vital importância do estudo e investigação das linhas estatísticas para formação do conceito crítico dos indicadores macro-sociais e econômicos da educação brasileira.

HADDAD, (2010) em artigo na Folha de São Paulo confirma que o atendimento à população a ser educada foi ampliado, entre 2002 e 2008, em todas as faixas etárias: de 0 a 3 anos, de 11,7% para 18,1%; de 4 a 6 anos, de 67% para 79,8%; de 7 a 14 anos, de 96,9% para 97,9%; e de 15 a 17 anos, de 81,5% para 84,1%. A escolaridade média também evoluiu no período. Na faixa etária de 15 a 17 anos, de uma média de 6,8 para 7,5 anos e, na faixa etária de 18 a 24 anos, de 8,2 para 9,4 anos de estudo.

A boa nova veio com o Ideb, que combina os indicadores de proficiência nos exames nacionais de leitura e matemática e as taxas de aprovação/ repetência. Entre 1997 e 2001, o Ideb para os anos iniciais do ensino fundamental caiu de 3,8 para 3,5. Em 2007, atingiu 4,2, lembrando que 6,0 é a meta para esse indicador para 2021.

Ana Lúcia SABÓIA (2007, pag.119/120), ilustrando as páginas do “Brasil em números – IBGE” acresce que a erradicação do analfabetismo é ainda um desafio a vencer no Brasil. Houve sem dúvida, uma redução do fenômeno quando se analisa o período que vai de 1995 a 2005. Entretanto, em 2005, a taxa de analfabetismo ainda alcançava um patamar de 11%, sendo bastante desiguais os valores para áreas urbanas e rurais, 8,4% e 25%. Entre as regiões do País, o sul se destaca com a menor taxa (5,9%), enquanto o nordeste apresenta a taxa mais elevada (21,9%).



Complementando o discurso, a coordenadora do IBGE, (SABÓIA, pag.121, 2007) ressalta que um indicador complementar para a análise do analfabetismo é a chamada taxa de analfabetismo funcional, conceito utilizado pelo UNESCO para definir aquelas pessoas ainda não suficientemente familiarizadas com as bases de leitura e escrita, em função da baixa escolaridade (menos de quatro anos completos de estudos).

A fragilidade do arranjo familiar demonstrada na Tabela A, constata que o nível de alfabetização dos pais, influencia sobremaneira na educação futura dos filhos.

FUNCIONALMENTE ALFABETIZADOS

X

ANALFABETOS FUNCIONAIS

Nenhum comentário:

Postar um comentário