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sábado, 30 de abril de 2011

Observando o Mundo

Venda de carnes exóticas
As leis internacionais proíbem comercializar ou usar como alimento a carne de morcego na Europa, mas mesmo assim ela é encontrada em lojas e restaurantes na Grã-Bretanha. “É muito preocupante saber que o morcego, uma espécie sob proteção, está sendo abatido e a carne importada clandestinamente, sem mencionar o perigo que representa à saúde pública ingerir carne não-inspecionada”, disse Richard Barnwell, do Fundo Mundial para a Natureza. Em algumas regiões da África, os morcegos frugívoros há muito são uma importante fonte de alimento e, devido à comercialização dessa carne, o número de algumas das espécies mais raras desses morcegos tem diminuído muito na Malásia e na Indonésia. Nas Seychelles, o curry de morcego é um prato requintado. Mas o jornal The Sunday Times, de Londres, relata que o morcego “não é o único animal em perigo de extinção na Europa”. Em Bruxelas, capital da Bélgica, alguns restaurantes servem carne de chimpanzé.

Você é irrequieto?
Cerca de 15% da população em geral exteriorizam a inquietação com certas manias, diz o jornal The Globe and Mail, do Canadá. Os pesquisadores observaram que alguns têm a mania de ficar “enrolando o cabelo em volta do dedo, batendo com o pé no chão, balançando a perna, mexendo com as unhas e coisas parecidas”. Por que as pessoas têm essas manias? Peggy Richter, psiquiatra no Centro do Vício e da Saúde Mental, em Toronto, acredita que esses movimentos repetitivos aliviam a ansiedade. Por outro lado, o psicólogo clínico Paul Kelly diz que é a tensão que causa essas manias e que é uma reação automática e inconsciente que se manifesta a fim de libertar a pessoa de uma situação estressante. Os especialistas argumentam que “por meio da terapia de substituição, dá para se aprender a interromper e com o tempo acabar com o hábito — isto é, ao notar que está irrequieto, procure pensar em outra coisa”, diz o jornal.

Você é viciado em refrigerantes à base de cola?
O mexicano toma em média 160 litros de refrigerantes à base de cola por ano, segundo a Associação Mexicana de Estudos para a Defesa do Consumidor. Anualmente, gasta-se mais dinheiro com refrigerantes à base de cola do que com os dez itens da cesta básica. Alguns são da opinião que o alto consumo desses refrigerantes é uma das principais causas de desnutrição no México, além de aumentar a incidência de cálculos renais, cáries, obesidade, hipertensão, insônia, úlcera gástrica e ansiedade. Alguns dos ingredientes impedem a fixação do cálcio e do ferro. ‘O item básico da alimentação do nosso povo era o milho’, diz a Revista do Guia do Consumidor, ‘mas agora podemos dizer que é o refrigerante à base de cola’.

Uma “guerra justa”?
“A guerra na Iugoslávia deu margem a sérias divergências nas Igrejas no que tange à interpretação do conceito tradicional de ‘guerra justa’”, observou o jornal francês Le Monde. A idéia de jus ad bellum (guerra justa) partiu de Agostinho, que viveu no quinto século. Segundo o jornal, algumas justificativas “morais” para uma guerra justa, conforme formalizadas por Tomás de Aquino, são: deve haver uma “causa justa”; a guerra deve ser o “último recurso”; o que trava a guerra deve ter “legítima autoridade” e “o uso de armas não [deve] causar mais danos e distúrbios do que o mal a ser eliminado”. Outra condição que foi acrescentada no século 17 foi a “expectativa de sucesso”. Atualmente, a maioria das Igrejas rejeita a idéia de “guerra santa”, mas continua a debater o que pode ser classificado como “guerra justa”.

Vida sexual ativa de jovens no Brasil
No Brasil, “33% das garotas e 64% dos rapazes têm [a] primeira relação entre 14 e 19 anos”, diz o jornal O Estado de S. Paulo. Vale acrescentar que o número de adolescentes brasileiras entre 15 e 19 anos de idade que inicia a atividade sexual fora do casamento dobrou em dez anos. ‘Tem havido uma notável mudança de atitude a respeito da sexualidade’, diz a demógrafa Elizabeth Ferraz. Outro estudo mostrou que 18% das adolescentes brasileiras já tiveram pelo menos um filho ou estão grávidas.

Risco de infecção nos hospitais
“Na Irlanda, os pacientes internados em hospitais têm mais de 10% de possibilidade de contrair infecções”, relata o jornal The Irish Times. A infecção hospitalar exige tratamento adicional e internação mais longa. Uma infecção dessas pode custar em média 2.200 dólares ao paciente e no caso de infecção na corrente sanguínea significa 11 dias a mais no hospital. Em especial as infecções causadas pelos “supermicróbios”, “cada vez mais resistentes a uma ampla gama de antibióticos”, são preocupantes, segundo o jornal. “Os idosos, as crianças, os que ficam internados no hospital por muito tempo, [e] os que sofrem de males crônicos como problemas cardíacos ou bronquite” são os mais vulneráveis às infecções hospitalares.
Nova estimativa sobre o número de genes
Os pesquisadores, ao fazerem uma nova avaliação do número de genes em cada célula humana, estimam que haja 140.000, relata o jornal The New York Times. As estimativas anteriores variavam entre 50.000 e 100.000 genes humanos. Isso significa que o organismo humano é muito mais complexo do que se pensava. Cada gene instrui as células do corpo a fabricar aminoácidos, que por sua vez são usados para produzir proteínas. O drástico aumento nessa nova avaliação “mostra quanto ainda temos para aprender sobre a genética humana”, diz o jornal.

Muda o conceito sobre o inferno
A Igreja Católica por muitos séculos ensinou que o inferno é o lugar de tormento eterno para as almas dos perversos. Mas parece que houve uma mudança. O inferno “não é uma punição externa imposta por Deus”, disse o Papa João Paulo II, “mas uma conseqüência de procedimentos e posturas já estabelecidas pelas pessoas nesta vida”, segundo o jornal L’Osservatore Romano. “O inferno não é um lugar”, disse o pontífice, “e sim um estado dos que de livre e espontânea vontade se alienam permanentemente de Deus, a fonte de todas as formas de vida e da alegria”. Ele acrescenta que a “condenação eterna” não se origina de Deus; muito pelo contrário, “é a criatura que escolhe não se beneficiar do amor [de Deus]”.

Andar é saúde
Andar não só ajuda a perder peso e aliviar o estresse como também ajuda a abaixar “a pressão alta e a diminuir o risco de sofrer um ataque cardíaco”, diz o jornal The Globe and Mail, de Toronto. Para se ter saúde é preciso programar tempo para andar. Quanto tempo? “Segundo o Canada’s Physical Activity Guide to Healthy Active Living os que andam num passo moderado devem esforçar-se para estabelecer o alvo de 60 minutos por dia — em períodos de pelo menos 10 minutos cada um.” Caminhar rápido ou pedalar de 30 a 60 minutos por dia ou correr de 20 a 30 minutos por dia também ajuda a manter uma boa saúde. O jornal recomenda usar calçados leves que permitam que os pés respirem e que tenham solados flexíveis, suporte adequado para a curvatura do pé, entressola com efeito amortecedor e folga para os dedos do pé.

Aviso antecipado
“Uma década de ‘superdesastres’ é o que pode estar em reserva para o mundo”, relata a revista World Press Review, baseando-se em artigo do jornal Financial Times, de Londres. A Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho cita desastres naturais como ciclones e terremotos e adverte que grandes aglomerações populacionais são mais vulneráveis a catástrofes. “Entre as 50 cidades que mais crescem no mundo, 40 estão em zonas de terremotos e metade da população do mundo vive em regiões costeiras expostas à elevação do nível do mar”, diz a revista. Outro indício assustador é que por um lado aumentam os desastres naturais, mas por outro lado em muitos países diminui o fundo assistencial do governo para emergências.

Uma noite bem longa
“Sublime escuridão.” Estas foram as palavras usadas por Fridtjof Nansen, explorador polar, ao descrever o “Mörketid”, ou a época em que o sol não se levanta no norte da Noruega. Por dois meses, apenas um brilho como um crepúsculo vermelho-cinza fica visível por algumas horas ao meio-dia. Mas nem todos gostam desse período de escuridão. Segundo o jornal Ibbenbürener Volkszeitung, 21,2% dos noruegueses que vivem dentro do círculo polar sofrem de depressão no inverno. A causa pode ser a deficiência de melatonina, um hormônio produzido no cérebro. O único remédio é a luz. Apesar disso, mais e mais turistas sentem uma atração muito grande pelo círculo polar e querem ver a tremeluzente aurora, o brilho da neve sob o luar e as luzes convidativas das casas em pequenos e isolados vilarejos.

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